domingo, 24 de agosto de 2008

FRASES DA NOITE PASSADA


A "Frases da noite passada" é uma nova sessão deste, que trará uma frase qualquer dita por uma personalidade(entenda que a personalidade não é necessariamente uma pessoa pública), e que a partir das palavras proferidas, teci meus pensamentos, comentários ou qualquer coisa do tipo.
Como tenho amigos que dizem coisas inimagináveis ou interessantes é importante trazê-las a público.

Sobre projeto relacionado ao capitalismo, no qual falávamos de embalagens "estimulantes" ao vicio do consumismo:

"...Desculpa, sei que não gosta de corporativismo, vocês de radio e tv são meio estranhos..."

São claras minhas tendências socialistas, e não é segredo minhas críticas ao consumismo e o capitalismo desenfreado, apesar de participar. Mas não imaginava que preocupava quem o proferiu.
O que me chama atenção é o cuidado de pedir desculpas. As pessoas se tornam concretas na vida das outras pelas suas atitudes, coisas simples ficam gravadas na memória, e isso faz estreitar os laços.
Apesar de todo turbilhão nos último mês, algo me deixa um tanto sereno.

Mas voltando à frase. Nem todos de rádio e TV são estranhos, e o corporativismo não é tão demoníaco. O meio termo é sempre o eficaz. Nem toda desculpa é sincera, mas as desnecessárias registram preocupação. E preocupação designa algo ou alguém que vale a pena ser levado em conta.

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA



Localizado na tradicional estação da Luz, o museu é uma modernidade, perfeita para todas as idades, fazendo das palavras suas obras de arte expostas, atinge todos os públicos, ninguém se sente excluído, cada brasileiro tem um pouco de si dentro do museu.
Algumas coisas podem parecer estranhas à primeira vista, quando se trata da história da língua com idiomas que influenciaram como o banto ou evo-fon, é difícil reconhecer, mas quando se traz à prática, mostrando que palavras como “muleque” entre outras vieram de tribos africanas, já se pode ter mais intimidade.
A diversão de adultos e crianças está em uma sala com mesas que tem letras soltas para serem agrupadas pelos visitantes até uma palavra ser formada, e nisso uma voz computadorizada traz a história dessa palavra e seu significado.Ali se tem uma sensação nostálgica gigante.Adultos voltam a ter a sensação de poder, quando se aprende a ler e escrever, uma forma sublime de demonstrar como é mágico este momento de concepção.
O que chama atenção é uma tela de cento e seis metros de comprimento, com vídeos mostrando a cara do Brasil.Ali sim, as pessoas se sentam e passam horas, em alguns momentos podem até esquecer que estão em um museu.Claro, os vídeos são didáticos, mas da forma que o brasileiro mais gosta, de uma forma televisiva, com imagens de telenovelas, cantores populares, cenas de bairros, crianças comuns formando palavras e instruindo gerações, o povo ensinando, mostrando e orgulhando a si próprio.
A maior arte de todas está exposta, uma arte que não tem distinções, todos a usam, de formas e jeitos diferentes, mas é a mesma.A arte propagada entre os povos, difundida e aceita, se toma consciência que falar é muito mais que o simples gesto de abrir a boca e formar sons, é contar histórias subliminares, manter viva a alma que de tempos imemoráveis está entre nós, e agora dar o real lugar dela, um lugar onde se pode contemplá-la.

domingo, 3 de agosto de 2008

ATÉ ONDE VOCÊ VAI?


Até onde você é capaz de ir por um sonho?
Por um pensamento? Uma ideologia? Por um amor?
Qual o limite do aceitável?
Qual o limite para manter uma amizade? Um casamento?

Chico Buarque canta suas mulheres com tamanha perfeição, mostrando até onde elas são capazes de ir para manter ao seu lado o homem amado, mostra sua submissão, seus anceios, suas frustrações para manter o ideal, o ser almejado.
Mas vale a pena colocar determinadas coisas em risco por alguém ou algo?

Qual o limite do amor? Ou da necessidade de tê-lo?
Amor é sentimento ou necessidade?

O que sentimos é amor por outro alguém ou necessidade em obter a vida perfeita?
O casamento perfeito, com filhos, netos, casa, carro, casa na praia, chácara, uma velhice calma, acompanhada, serena e socialmente feliz?

Porque tem medo da velhice?
Da solidão?

Por que você está com outra pessoa neste momento?
O que espera dela(e)?
O que você quer é uma necessidade pessoal ou social?
Se for pessoal, pra que? Onde isso vai te levar? Para que se sujeitar a determinadas situações?
Para que ter sonhos? A maioria das pessoas não os realiza. Seguindo desta premissa: Pra que?
Por que trabalhar?
Por que lutar contra suas vontades?

Para que seguir regras que não concorda?
Para que fazer planos que não vai realizar?
Por que não comer os doces e ser feliz?

POR QUE VOCÊ TEM ESSA VIDA TÃO MEDIOCRE?????????????

Sim, estou entrando em parafuso, mas logo passa e volto para minha mediocridade, espero que você não!

In moment 'Por que?'

E assim a vida prossegue