domingo, 24 de agosto de 2008

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA



Localizado na tradicional estação da Luz, o museu é uma modernidade, perfeita para todas as idades, fazendo das palavras suas obras de arte expostas, atinge todos os públicos, ninguém se sente excluído, cada brasileiro tem um pouco de si dentro do museu.
Algumas coisas podem parecer estranhas à primeira vista, quando se trata da história da língua com idiomas que influenciaram como o banto ou evo-fon, é difícil reconhecer, mas quando se traz à prática, mostrando que palavras como “muleque” entre outras vieram de tribos africanas, já se pode ter mais intimidade.
A diversão de adultos e crianças está em uma sala com mesas que tem letras soltas para serem agrupadas pelos visitantes até uma palavra ser formada, e nisso uma voz computadorizada traz a história dessa palavra e seu significado.Ali se tem uma sensação nostálgica gigante.Adultos voltam a ter a sensação de poder, quando se aprende a ler e escrever, uma forma sublime de demonstrar como é mágico este momento de concepção.
O que chama atenção é uma tela de cento e seis metros de comprimento, com vídeos mostrando a cara do Brasil.Ali sim, as pessoas se sentam e passam horas, em alguns momentos podem até esquecer que estão em um museu.Claro, os vídeos são didáticos, mas da forma que o brasileiro mais gosta, de uma forma televisiva, com imagens de telenovelas, cantores populares, cenas de bairros, crianças comuns formando palavras e instruindo gerações, o povo ensinando, mostrando e orgulhando a si próprio.
A maior arte de todas está exposta, uma arte que não tem distinções, todos a usam, de formas e jeitos diferentes, mas é a mesma.A arte propagada entre os povos, difundida e aceita, se toma consciência que falar é muito mais que o simples gesto de abrir a boca e formar sons, é contar histórias subliminares, manter viva a alma que de tempos imemoráveis está entre nós, e agora dar o real lugar dela, um lugar onde se pode contemplá-la.

Um comentário:

Darlan disse...

Fiquei agora com mo vontade de ir lá! Eu quis ir tanto quando tava a exposição da Clarice, mas nem deu.

Seu texto tem o dom de encantar o que é simples, isso é incrível!

Abraços!