domingo, 27 de julho de 2008

A MULA OCIDENTAL


A Folha de São Paulo publicou neste domingo uma ampla pesquisa feita em 168 cidades brasileiras, com jovens de 16 a 25 anos, de todas as classes sociais para traçar o perfil do jovem brasileiro.
E constatou: os jovens brasileiros são caretas, não são libertários. Conservadores, e seus sonhos são a casa própria e o automóvel. Não participam de atividades políticas, alias, não têm interesse algum em movimentos sociais.
Quase metade já utilizaram drogas, porém são contra a sua legalização e do aborto. E a favor da diminuição da maioridade penal.
Porém não vou me ater à pesquisa, talvez falemos mais dela no próximo tópico.

O texto acima foi apenas introdutório. Utilizei esta base apenas para explicar uma teoria minha. A teoria da Mula Ocidental.

A Mula Ocidental

Observando as pessoas,(coisa que gosto muito de fazer). Sempre percebi o gosto mediano e mediocre, a falta de informação e o desinteresse pelo contexto social.
Fazendo uma ligação com a origem da palavra mulato(a), cheguei ao perfil da "Mula Ocidental".
Aurélio diz:
Mulato:sm.1- Filho de pai branco e mãe preta, ou vice-versa;2- Homem escuro, trigueiro; 3- Diz-se de mulato; pardo.
A etimologia, nos conta que a palavra Mulato vem de mula.
Mula por sua vez é um mamífero perissodáctilo estéril, híbrido de jumento com égua ou cavalo com jumenta.
Portanto, a idéia era: Mulatos não dão crias porque são iguais as mulas, híbridos e estéreis.

Cheguemos enfim à Mula Ocidental.
Essa pode procriar, mas não é um ser pensante, logo, continua sendo estéril.
A teoria é simples, todo e qualquer ser acima de quinze anos, que mora no ocidente e foi criado em frente à TV tem potencial à.
Requisitos:
Assistir novelas das 20h;
Ouvir Britney Spears, Bokaloca e qualquer funk, e estes serem donos das músicas mais lindas que ja ouviram;
O melhor livro que leu foi no ensino fundamantal, desde então só lê Tititi e Caras;
O filme do ano é 'Se eu fosse você';
Divide a história mundial em A.M e D.M(antes de mim e depois de mim, naquelas respostas para o professor: "Mas eu nem era nascido nessa época...");
Se prende vergonhosamente à imagem, tem que ser tão bonito e tão bem vestido quanto um artista de TV;
Consumista, acha que sua felicidade está em comprar;
Preconceituoso. Convive com negros, feios, indígenas, gays, porém no seu íntimo entende como aberração;
Não tem opiniões formadas, se deixa levar facilmente pelo conteúdo que consome da TV;
Não entende de política e acha que isso não faz diferença alguma em sua vida;
Não gosta de artes, acha muito complexo e sem nexo;
Não tem conscientização ecológica, acredita que sozinho não pde fazer nada, e simplesmente não percebe que faz parte do planeta;
Problemas sociais são problemas dos outros, "alguem tem que fazer alguma coisa pra mudar";

Este é basicamente o perfil. E é triste saber que a maioria da população é formada por este perfil e não tenta mudar.
Nós fomos induzidos a isso, tivemos na nossa criação a cultura do pão e circo, e nos mantemos asim ,independente de classe social, só muda a quantidade de dinheiro que a pessoa tem, a ignorancia continua a mesma.
E saber que os jovens estão mais preocupados no seu pão e circo, do que ouvir o Sr. Jean Jacques Rousseau com seu "Contrato Social" e o "Bem Comum" é mórbido.
Tudo o que nos resta é pedir para o nosso Deus misericordioso (invenção para confortar as massas) nos ajudar e colocar juizo na cabeça dessas crianças.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

ALÉM DA CRIMINALIZAÇÃO


A Rede globo de televisão está apresentando um reallity show no Fantástico. 'O Maconheiro', este não é o nome, claro, mas seria apropriado. Uma família inglesa aceitou ter sua vida filmada 24h por dia, para mostrar o 'drama' das drogas.

Um adolescente viciado em maconha que rompeu os limites sociais para manter seu vício. Ohhh, que triste!

A mídia, em específico a rede Globo não perde tempo em criminalizar, marginalizar e distorcer certas questões. Na 'série' a mãe demonstra seu drama diário, com um filho(único) dependente, e entre uma cena e outra, um grupo de adolescentes conservadores cools fazem suas análizes sobre o caso.

O fato é:
Temos uma visão clara de que este adolescente nunca teve limites, a mãe não soube educá-lo, o problema não é a maconha, e sim a falta de estruturação psicológica desta família que manteve seu filho num modelo capitalista de promover a ele tudo o que o dinheiro fosse possível, e que este fosse o amor que ele tivesse na sua vida.

Porém pessoas menos esclarecidas não têm consciência disso. Criar um filho não é dar comida e colocar na escola, é formá-lo psicologicamente.

Não estou falando que é super legal usar drogas, mas também não é este destruidor de lares, principalmente maconha, que já foi comprovado cientificamente que faz muito menos mal que o tabaco das grandes indústrias (legalizadas).

Se utilizar de um assunto polêmico para uma sociedade desinformada como a brasileira é a forma mais fácil de impor alguns de seus interesses, como criminalizar as drogas e consequentemente as favelas.

Outra vítima da mídia conservadora é a cantora inglesa Amy Winehouse, usuária assumida de ilícitos, ela está sempre nas capas de tablóides ingleses, e da nossa mídia, sempre fazendo uma imagem diabólica da cantora. A midia quer um modelo de politicamente correto!

Não sou contra nenhum tipo de drogas, odeio o politicamente correto e a hipocrisia. Ou vai me dizer que você nunca fumou maconha? os diretores da Globo nunca fumaram? Os políticos, o William Bonner?

As drogas não são o problema, o problema é o que elas podem te dar. Podem dizer que essa é uma das coisas mais estúpidas que ja disse na minha vida (manterei meu pensamento). Mas acredito que as drogas te induzam a liberdade de pensamentos, a falta de conservadorismo, te remetam ao natural, à arte.

Não é por nada que Woodstock foi o maior evento de música que já aconteceu em nosso planeta. Será que Janis Joplin, Jim Morrissom, Chuck Berry, Beatles, Cazuza foram apenas drogados sortudos?

Não quero induzir ninguem ao vício, eu mesmo não utilizo ilícitos, porém, qual o problema? É nocivo? Sim!

Mas viver é nocivo, o Bush é nocivo, o trãnsito. Milhares de pessoas morrem todos os dias na África e nem sabem o que é um baseado.

A ilegalidade das dorgas é interessante apenas para um país corrupto. O tráfico não alimenta o crime. O que alimenta o crime é a injustiça, a falta de perspectiva, o consumismo induzido.

Formar corretamente a população socialmente e psicologicamente traz o balanço. O uso de drogas por parte daqueles que se sentem a vontade para tal, e uma sociedade menos violenta, mas isso só traria benefícios a muitos desimportantes. Muito melhor manter as bases norte-americanas na américa do Sul, para 'controlar o tráfico'.

E assim nós continuamos além da criminalização.

domingo, 6 de julho de 2008

Chegando do leste.


Este é meu primeiro post aqui.
Portanto, boa noite a todos e espero ser bem recebido. De qualquer forma, existe o outro, que muito possivelmente irei fechar, e transferir todos os posts para cá.
Escrever é uma das coisas que mais gosto de fazer, mesmo não o exercendo sempre, talvez para seguir aquela idéia de imortalidade. Saber que pessoas do mundo inteiro podem ler minhas palavras é um tanto fascinante.

Sei que existem no mínimo duas pessoas que leem religiosamente meus posts, a sra. Regina Bruno e o sr. Wellington Destro, agradeço a eles e também aos que passam volta e meia.

Enfim, vamos falar do que interessa.
Tudo o que começa um dia acaba, assim já dizia uma letra de Renato Russo, 'Fátima'. O nosso problema é não aceitar o fim. Ele é natural, mais natural que o começo, pois muitas coisas acontecem pelo simples acaso, ou talvez não. Não acredito em acaso para acontecimentos importantes em nossas vidas, e o fim também é um acontecimento importante. A mudança, a transformação, a morte, a mutação.
Sempre que algo chega ao fim, é hora de tomar novos rumos, novas perspectivas, novos ares. Saber aproveitar o que houve de bom no que se foi, e saber se abrir e olhar com ingenuidade e esperança para o que chega.
Se prender a pessoas, locais e lembranças é inerente ao homem, mas se desprender e saber respeitar o momento delas é nosso desafio.
Então dou-lhes o desafio, veja qual foi a última vez que sofreu por algo ou alguém que se foi, morreu, acabou, desmanchou, e você mais uma vez, teve que se virar sozinho. Terminou pra você?
Trabalhe dentro de si, o trabalho é sempre nobre, e sua nobreza é trabalhar-se para a perfeição, mesmo sabendo ser inalcansável.

Beijos a todos
isso foi muito auto-ajuda, e sabem que odeio auto-ajuda, sai de retro satanás!