quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Palavras e Atos


Princípios são necessários, a todos, em qualquer situação, classe social, modo de vida.Seja um drogado, uma socialight, um bandido ou pessoas ditas comuns, todos temos os nossos, mas são mesmo virtuosos?
Tudo o que importa em uma amizade é a presença e a sinceridade. Todos sabemos disso: "Seja sincero sempre", "é melhor machucar com a verdade, do que fazer feliz com a mentira"
E quando se usa realmente toda a sinceridade, a qual jamais usou em toda a sua vida com pessoas que são definitivamente importantes?
Isso é virtuoso!
Ouví-las agradecer-lhe pela sinceridade, pela prova de amizade, carater e virtude. Inigualável.
Porém quando fechamos nossos olhos, damos as costas para voltarmos sozinhos para casa e pensa-se em toda a doída verdade, as palavras se perdem num mar de equívoco e rancor. Toda aquela virtude é expurgada. E a prova de amizade dada pelo primeiro, por amor e sinceridade é facilmente taxada como egoísmo, maldade e falta de compaixão.
E pra que a virtude?
Do que lhe vale ser virtuoso?
Virtuoso, sozinho e sofredor, sem a companhia daqueles que ama. Já que nossos princípios não são tão verdadeiros e fortes, nossas relações se perdem na primeira esquina em que encontramos a dúvida.
As palavras são lindas, mas os atos aterrorizantes.
Joga-se toda a amizade, a relação, o companherismo, o amor numa lata fétida bem longe de casa, para não precisar encontrar novamente tudo aquilo que é mais sincero do que a amizade pode suportar. Troca-se os vínculos, as pessoas como uma roupa, uma camiseta velha que já não lhe agrada há tempos.
Finge que nada foi tão importante assim, e se foi, foi, no passado, apenas.
Um passado que será deixado no mais longínquo pensamento para tentar não lembrar a localização da tal lata nojenta.
E os princípios?
Continuamos a buscar em todos o tal princípio, a siceridade, a honestidade e lealdade, mas só esquecemos de falar:
"Tenha princípios, me seja sincero, honesto, amável e leal, mas não seja tão virtuoso."

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